quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Rómulo de Carvalho
Num Blogue de Física e Química não podia faltar um poema do Professor Rómulo de Carvalho
Lágrima de preta
"Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio."
António Gedeão, in Máquina de fogo
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